coisas da vida

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Quero a graça




Quero a graça da inocência
A pureza límpida das fontes
Com a natureza ter aquiescência
E Remirar o rubro horizonte

Cantos de júbilos eu quero ouvir
Ao lado das cachoeiras deitar
E ao som das melodias dormir
Sentindo à mão de Deus me tocar

Os estames em eterna pureza
Pistilos fecundam o amor
Pólen, de infinita grandeza
No gineceu do meu eu em flor

Oh natureza bela e formosa
Teu espetáculo é encantador
Quem te assiste assim majestosa
Glorifica á Deus pelo seu esplendor


Kainha Brito

                             Imagem do site pinterest

Uma linda menina nascera naquele interior de tão poucas pessoas, mas que tinham um grande poder para difamar. E aquela menina era bonita, tinha cintura bem feita, pernas grossas, sinal de beleza e sorriso espontâneo. Cor branca, pele rosada, cabelos cacheados cor de mel, olhos esverdeados e uma inocência aflorada. Era tão ingênua e não percebia que por todas as mulheres daquele lugar era invejada. Era alvo de ciúmes desde pequena. Mas sua vida era admirar as borboletas, os pássaros, amar   a natureza, subir em árvores e mergulhar nos açudes e igarapés. Sem se dar conta de que já despertava nos homens algo mais. Aquele mundo era encantado aos seus olhos, a vida era um encanto de beleza. E aquela menina corria descalça pelos campos, saltava pra todos os lados e brincava com tudo que achava pela frente. Abria os braços em suas corridas pelos matagais, sorria ao sentir o vento tocar em seu rosto. Gostava de se exibir em cima da mesa dançando e fazendo gestos de quem era importante. Ah! Aquela menina, ela pressentia mistérios, prenúncios e parecia ver além... Só não percebia o quanto era ingênua e essa foi a sua condenação... Aquela menina foi tantas vezes mutilada, sangrou tantas vezes o seu coração, foi pega de surpresa pelos ferozes predadores da inocência. E armadilhas certeiras lhe atingiram tão profundamente. Pobre menina alegre. Agora em lágrimas se derramava. O tempo passou a menina cresceu e elevada pelo pai, ela então se mudou para longe das suas raízes e numa cidade distante ela foi morar. E isso, ja era o bastante para lhe doer a alma, mas ela queria esquecer os golpes intrinsecos, que lhe dilaceraram. Quão grande foi à sua surpresa, pois os ferozes predadores da inocência habitavam nessa cidade em maior quantidade. Ela foi outras vezes stingida. Agora a mulher ingênua e machucada que se tornara, se fechou em seu casulo e como a princesa, ela dorme em seu castelo encantado... Aquela menina ainda hoje vive em minhas entranhas. Eu fui ela e ela ainda é em mim e pra sempre; pela eternidade afora viveremos juntas, amando ainda com a mesma pureza e inocência dos primórdios do tempo... Pois de inocência e pureza foi feita à nossa essência... Viverá essa menina, entranhada na  essência daquilo que em mim existir além da eternidade


                                          Kainha Brito

Aquela Menina