coisas da vida

Sejam bem vindos ao meu blogue e se não gostarem desculpem-me sou iniciante aqui beijos

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Poema do fundo do poço

A poesia não é como muitos cuidam ser,
Canção de ninar para as crianças burguesas,
Nem rítimo a embalar o áureo berço dos príncipes,
Nem alvo de aplausos
Entre as cortinas e luzes da ribalta.

Não!
A poesia não é alimento à lascívia das "socialites",
Nem refrão para a dialética dos galantes,
Nem a musa dos loucos amantes,
Que o vate tanto exalta.


Antes a poesia tem que nascer qual lírio
no deserto;
Tem que fluir qual manancial trazendo do seio
Da terra
Subtâncias nilístas em vapores onívoros
Capazes de consumir
pra depois transformar,
E por fim,
renascer.

...Ser semente de germes telúricos...
Tem que ter a energia do pulsar
Dos espíritos;
Ecoar como o grito dos monstros
Do pântano;
Transmitir o terror que se esconde
No amor
E o veneno contido no nécta 
Da flor.


O poeta tem que emergir da lama das favelas,
Ser o óbulo a tremer entre as mãos do mendigo;
Ser o fogo da trempe do homem do campo,
Ser o nó que estrangula a gartanta do povo...

O poeta que bem interpreta esse mosntro
chanmado erroneamente "Homo Sapiens"
Que hoje domina a paisagem dessa terra
Com a mesma selvageria dos sáurios
Mesozóico...


Esse poeta tem que decer às sargetas das feiras,
E envolver-se na angustia fervente das massas,
E saber que realmente o Homem não é
O que assina decretos, 
O que vota projetos,
O que dar vereditos e assina sentenças.


Que o Homem não é o que prega no púlpito
Que decreta castigos no confessionário;
O que paga empregados, o que usa gravata
E que manda matar.


Pois o Homem habita no lodo dos guetos,
Alimenta-se dos restos do lixo das feiras,
Morre nas calçadas dos fundos da igreja,
E vai direto do limbo
por não poder pagar pra ir ao Céu.


Esse é o homem que sente, que chora, que geme;
Cuja vida se esvai no holocausto da fome,
Cujo grito retumba nos véus da agonia!
O poeta é o que canta o horror desse homem
Que já nem pensa mais... que só grita; só geme...
Esse poeta sou EU! ESTA É MINHA POESIA !...

              Poesia de Gutemberg Sousa Brasil 

                             Kainha Brito





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

nós


Gosto de ouvir voce dizer baixinho que fiz tudo direitinho,
Só pra me agradar, gosto quando voce vem me seduzir...
Finjo não querer, só pra voce ver, que não sou tão fácil assim.
Mas me amoleço toda, numa vontade louca de me entregar.
Gosto de cheirar tua barba, que voce deixou crescer só pra me agradar                       

Gosto de fazer nossa comida, ver-te chegar de mansinho,
Me abraçar, me beijar na nuca, me fazer perder o chão,
E quando te peço desculpas voce me diz, com todo carinho
Que tudo estar  bem que ja passou e me dar sua atenção.

Corro para os teus braços és então o meu senhor,
E ainda me diz: Seu vestido estar bonito!  
Pousando em mim seu olhar, fininho e sedutor.
Arrebata-me a alma e flutuamos pelo infinito

A vida nos deu regozijo o meu eu no teu fundido 
Olho submissa, à viagem do teu olhar
Adentro o teu mundo mistério profundo
Em ti meu homem vou me eternizar

Amo o teu jeito brasileiro de ser.
Gosto de tudo que voce me diz.
E quando chega dizendo: Boa noite querida.
Logo imagino, que a nossa noite será feliz

Estarei dócil e submissa como voce quer
E como eu gosto de ser.
Tudo contigo é mágico até ser mulher
E tudo entre nós fica gostoso de  fazer



É preciso um pouco de aventura
Repeito amor e cumplicidade
Um bom tempero e jogo de cintura
Carinho chamego e lealdade


                                              Kainha Brito

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vem

 
Lindo!  Senhor de sí forte e guerreiro
Homem envolto em mistérios
Vou descobrir os teus segredos
E mergulhar fundo em teus mundos
Adentrar teu universo sedutor e faceiro                                

Tua virilidade arrojada
 Me desperta paixão e rubor
Teu libido impetuoso e latente
Avassala-me com furor
Em tua fertilidade
Fecundo o meu amor

Largado esportivo social
Não me importa o teu estilo
tua pegada é teu aval
Teu cheiro másculo viril
O Teu jeito é sensual
 Homem sábio e varonil
 Hombridade celestial
 Teu sabor nupcial tem cheiro primaveril
  

Vem, meu príncipe encantado
Com tua elegância e alinho
Com teu ar misterioso
A viandar em meu caminho
São meus, os teus passos
Vem  pousar no meu regaço
E se proliferar nesse  meu ninho













quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TUAS PALAVRAS



QUANDO TE VEJO SINTO-ME TÃO FELIZ
O MEU SER SE ENCANTA DELIRA E DECLAMA
BELOS HINOS DE AMOR.  
MINHA ALMA ENTRA EM FESTA E DANÇA PRA O MUNDO
NUM GOZO PROFUNDO DE ALEGRIA E FRAGOR


É PRECIOSO TE LER É MEL QUE ALIMENTA 
MINHA ALMA SEDENTA  A TE PROCURAR  
É TERNURA E ALEGRIA, DOCE MAGIA
TUA POESIA É CANÇÃO DE NINAR 


É  UM ENCANTO QUE AFLORA OS MEUS EUS 
IMAGINANDO OS OLHOS TEUS A ME DESNUDAR  
AS TUAS PALAVRAS SÃO FAVOS DE MEL 
SÃO LIRAS DE AMOR ENVOLTA EM JASMIM
 VEM BRINCAR EM MEU CARROCEL 
VOCE É O MEU CÉU O MEU ANJO QUERUBIM


                                  KAINHA BRITO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fragmentos

 Vida! O mais belo livro de se ler, a mais linda arte do saber. suas lições São as mais sábias. Mas, quantos mistérios inexplicáveis se escondem Por entre as engrenagens desse sistema chamado mundo, quantas ilusões Quantos sonhos já e se dissolveram na amplidão do universo, e quantos Segredos se perpetuam no painel do tempo. Quantas vezes nos perdemos Nesse palco por onde atuamos  incertos nessa estrada sem volta, sem Rascunho, onde nos surpreendemos a cada curva quantos sustos, e Quantas alegrias saudades, lágrimas de despedidas de chegadas abraços De alegrias, aflições de mãe confusão de adolescentes,  filas, hospitais dor Ódio amor quantos passos temos conjugado nesse verbo andar, correr... Quantos problemas difíceis que parecem não ter solução. Mas nós Destrinchamos, somos guerreiros e como tais, com bravura quebramos Barreiras e passamos quantos portas fechadas quantos nãos recebemos É uma guera pasticular de cada um, de cada família do berço ao cemitério. Os problemas sempre vão existir. Mas ninguém para por isso. Nem nós, Nem o tempo. Ele vem rasgando o véu  da eternidade. Ha séculos com os Seus mistérios seu vento varrendo ruas arrastando folhas, papéis Ziguezagueando pelos cômodos de todas as casas, zumbindo pelos velhos Casarões visitando portais eternos, olhando para trás, era bem ali o meu Tempo de menina. Quase posso ouvir o ranger das dobradiças dos velhos Portões. Aquele casarão cheio de dornas. E o caminho tão lindo adornado Por ávores exuberantes ensombrado rumo ao açude da minha infãncia. O Tempo passou depressa de mais. Mas foi pra mim muito intenso. Talvez Tenha sido por isso que aprendi muito, a suportar a entender a perdoar a Enchergar de longe os indícios do perigo quando este, ronda minha família O maior sofrimento acho que consiste em nunca ter sofrido todo Sofrimento trás com ele uma lição. É prudente aprender-mos isso. E de Antemão já o encarar-mos como um aprendizado assim, além de amenizar A dor, sabemos que ela vai passar e que vamos crescer e de posse desse Crescimento, ensinar-mos os nossos filhos e à quem possa interessar, Assim temos a oportunidade e a esperança de ter-mos um mundo melhor


                                                            Kainha Brito

domingo, 26 de setembro de 2010


sábado, 25 de setembro de 2010

MINHA CASA


LÁ NUM KANTINHO DO MUNDO, 
TENHO UMA UMA CASA
O DESEJO MAIOR DA MINHA ALMA, 
É IR PARA LÁ
        
  MINHA CASA É COLORIDA! CHEIA
  DE PÁASAROS E JARDINS!                                                                       
  REGATOS, FLORES E PRADOS
  TUDO  EM VOLTA SÓ PRA MIM
                                                      
  O CAMINHO É ORNADO POR ÁRVORES
  O MEU CHÃO É DE ALGODÃO 
  O MEU CÉU ESTAR NO CHÃO  
  ONDE OS PÁSSAROS SE ANINHAM 
  APÓIS A SUA CANÇÃO                                                        
             
   CONTEMPLO, VALES E MONTANHAS                    
   GIRANDO EM MEU CARROCEL,                
    MINHA CIRANDA INTERCALA             
    NA PAISAGEM DO MEU CÉU!              
    ME ALIMENTO DE MANJAR               
    E  COM ABELHAS TOMO MEL             
             
    MEU CASTELO ENCANTADO                 
    FICA AO LADO DO SOL POENTE           
    TEM UM BELO E MEIGO LUAR            
    ENLUARANDO O AMBIENTE                                      
    O ARCOÍRES ADORNANDO       
    MARGENS DE BELAS  NASCENTES            
              
     NAS BRUMAS DO ALVORECER            
     ESTRELAS AINDA A CINTILAR                                     
     DANÇO SOBRE AS NÚVENS,                  
     OBSERVO OS PLANETAS                     
     EM MINHA CIRANDA A GIRAR                        
            
     ENTRO PELAS FLORESTAS, OUÇO PÁSSAROS CANTAR            
     AS CACHOEIRAS COM OS SEUS CANTOS
     ME ENCANTAM COM O SEU CANTAR

     COMO FRUTAS NO PÉ, BEBO ÁGUA COM AS MÃOS                
     ASPIRO O CHEIRO DO MATO                 
     PEDAÇO DO MEU SERTÃO.                

     SÃO LINDAS AS MELODIAS 
     NOTAS MÁGICAS A BAILAR         
     É DOCE MÚSICA FLORESTAL   
     LINDAS FADAS EM MEU QUINTAL       
     PRA OS MEUS SONHOS REALIZAR     
       
     OUÇO HISTÓRIAS ENCANTADAS 
     ME ENCANTO SEM ME LEMBRAR 
     QUE AINDA ESTOU A CAMINHO 
     E NEM MAIS SEI COMO VOLTAR   
  
     EM MEU BALANÇO MÁGICO
     DESEJO MUITO TE LEVAR  
     PRA MINHA CASA ENCANTADA
     E CONTIGO PARTILHAR
     ADIMIRAR AS CAMPINAS
     E NAS ÁGUAS CRISTALINAS 
     CONTIGO MERGULHAR
    
                                                                

                                      kainha Brito   

domingo, 4 de julho de 2010

HOJE

Hoje estou...Num silêncio profundo e reparador. Senti vontade e fazer um  auto check-up das minhas idas e vindas dos meus eus, a ãnsia que sente a  minha alma  para saber quem sou quem fui? São muitas as coincidências, nesse vasto e misterioso mundo. Observo o divagar da minha alma, pelo vão da vida transportando-me para tantos universos onde jamais em corpo, eu poderia ir. Caminho Agora por dentro de mim, pelos Corredores profundos do meu interior, vou meditando enquanto perscruto os segredos da minha própria existência. Relembro os tombos que levei, os nãos que recebi, onde errei e porque errei, Porque as coisas não sairam como eu sonhei! acabei me Envolvendo com um maluco frio e violento que arrembentou-me por Fora e por dentro dilacerou-me o coração tudo já passou, mas, quantas marcas Indeléveis ficaram pelo coração da minha alma. Vem à tona agora a Minha fragilidade feminina quebrada como um cristal em mil pedaços espalhados em mim, as despedidas, as vozes infantis tão carinhosamente chamando mamãe. E o tempo que passou tão ligeiro, as meigas vozes dos meu filhos, Ficaram tatuadas sobre o altar da minha consciência! Recordo-me quando falei: Estão indo embora os Meus meninos! E tão rápido se foram mas eis que uma voz estranha arranhada, tão breve chegou. Era a voz dos homens filhos meus! Que chegavam com todo seu
vigor e euforia. E na casa dos meus pais? Era lindo o quadro que se formava  em volta à mesa num almoço familiar. Mas, esse quadro se quebrou no tempo, se desfez saudosos são os meus pais. Filhos? crescem e se vão. Irmãos? Ficam espalhados por aí, o casamento? não o suportei. E ele também se desfez, ah! Hoje é um dia que Talvez o destino o tenha escolhido para que eu ficasse assim. Nesse mergulho profundo pelas brumas de mim. É doloroso parar em cada estação do passado e sozinha andar por lugares desérticos e remotos rebuscando fragmentos do que já não mais existe. Mas que foi tão forte e deixou dor, saudades e também belos Momentos. Quando estava em família. Agora, me encontro assim, abandonada em mim  pedindo ao vento que me abrace, e que os anjos do Senhor cuidem de mim e que a noite me dê o seu colo, para que eu descanse. Sei que  amanhã estarei bem, porque me refaço, extraindo forças do meu mais profundo ser. Sou guerreira,  já atravessei os piores escombros e sobrevivi, construí em cada lugar Da queda um patamar, fiz de cada luta um desafio e daí uma vitória e mais um degrau na escada da minha evolução! Mas hoje, desabei em mim sentindo saudade profunda dos vestígios que em mim ficaram de todos que já Não me rodeiam eles se foram... Então me fiz Silenciar. Assim, sentindo vontade apenas de ficar recolhida  ao Máximo, ao meu Recato, ao meu pudor sentimental me aconchegar à Mim e viajar Pelo meu universo Interior. o meu eu Profundo está dolente e febril. Os meus outros eus,Também sentem.  Hoje Estou assim...Absorta em meus pensamentos  perscrutando os segredos da vida, tentando desvendá-los. A vida é um mistério. Viver é perigoso e as vezes, machuca e dói muito. A vida também é efêmera. E absorta em meus pensamentos e Problemas, tudo foi Passando e tantas coisas boas se foram. A saudade doeu fundo vou divagar pelo mundo a viandar sem destino. Pra sarar essa dor de mim. Ela vai passar. Sei que vai. JaJá estarei feliz e Sorrindo, quem sabe até de mim...Não pelo que passei. Mas, por hoje Estar assim...


                         Kainha Brito

sábado, 3 de julho de 2010

liberdade

Quantas vezes a chuva nos pega de surpresa melhor pra mim é quando ela me pega andando a pé pela rua minha preocupação é apenas proteger o celular e documentos. E sigo feliz radiante em minha caminhada  sinto vontade de sorrir, gritar, sei lá, abro a boca  rumo ao céu e sinto o sabor da chuva gosto gostoso de sentir agora sinto frio. to encharcada, as poças dáguas estão espalhadas em mim  é  doce acorde  que adentra os meus ouvidos  linda orquestra sinfónica natural  Sinto a sensualidade da chuva se enroscando em mim  ela é macia, carinhosa e desliza pelo meu rosto acariciando-o e desce pelo meu corpo me dando um banho delicioso me deixando em êxtase. A chuva me encanta e me alegra a alma desço a rua com os calçados nas mãos, lembro a infância e chuto as poças dágua que vem lavando o asfalto que lá pelos primórdios da minha vida era chão de barro vermelho o cheiro inesquecível está ali presente e quando fecho os olhos num segundo percorro o mundo entre as águas barrentas pelas fendas da terra em direção ao igarapé da minha infãncia, pelas águas das cachoeiras e chuvas noturnas  quero correr como criança de braços abertos girar no tempo em liberdade despidas das coisas supérfluas dessa vida. E a chuva perdura chove fora e dentro de mim é festa dentro de mim é cheiro de infância, de comida da mãe, de lençol quentinho limpinho... que doce carinho minha alma abarca o corpo frio e transparente da chuva e já em baixo do chuveiro apenas o sussurrar da água pensamentos voam longe... solidão de ti meu amor. Quando te esperava quentinha em baixo das cobertas e a chuva vinha  tocando  o  telhado de mansinho baixinho, forjando o desejo de me aconhegar  a ti entrar dentro de ti numa fusão latente e me aquietar apóis o transbordamento do nosso amor Chuva serena que cai devagar banhando os meus sonhos que andam por aí notas sonoras a me acalentar  é música dos sonhos que me faz viajar é canção de ninar que me pôe pra  dormir  suave acorde quão bela harmonia é canto e encanto é doce alegria é plácido acalento  terno momento de  doce magia
                                                               
                                                                 Kainha Brito

sábado, 26 de junho de 2010

pedaço de mim

Hoje abriram-se as comportas da minha alma e todo  o meu ser transbordou. Afloraram-se os meus mais profundos e sinceros sentimentos, foi um transbordamento glorioso! minhas lágrimas inundaram a minha alma! Banharam o meu rosto, meu corpo, como rios, que desaguam, para o mar. O meu mar. E o meu coração dilatado, descompassado, sangrava e ali pude sentir em soluços e declarações, a força, a beleza e o poder que tem o amor! Ele me movia, abalava a minha estrutura, Pude sentir a plenitude do meu ser em regozijo enchendo todo  ambiente, amando demasiadamente e contemplando! quão belo! E formoso É o amor, em pleno exercício da sua função. Todo o meu corpo, alma e coração, estavam abertos, expostos dolentes, o meu âmago fora acertado em cheio. Chorei tudo que tinha que ser chorado. como a rapidez de um raio, o tão esperando momento, se estendera de surpresa em branco numa tela, onde me transpus a um expoente maior em hiperestesia, transmudada e em fracção de "segundos" conseguir arremessar as palavras soluçadas sobre a tela, e num silêncio obscuro, a tela fechou-se como se nunca tivera sido aberta. esse afã, essa angústia, agregaram-se a esse silêncio, avassalador e suplantaram a minha alma. Eu aguardava anciosa por uma palavrinha só de afeto, ledo engano, ela não veio. Mas, como o amor é perfeito, mesmo com o corpo e alma em terremoto, mãos trémulas, olhos encharcado de lágrimas, Deixei fluir e saltar para fora de mim o que realmente estava designado para aquele momento. 
                                             
                                        Kainha Brito

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sistema insano

Mais um dia amanhece e como é lindo o alvorecer!  mas, um povo anda inquieto na terra de um lado para o outro, sem se dar conta das belezas naturais que os cercam e se vão atordoados, stressados atrasados e sabe-se mais lá o que, se vão deixando na terra o seu rocio inane, e evasivos se agitam, devaneios vagam por toda parte, são pensamentos andando, negócios andando, loucuras e falcatruas agregando-se parcialmente, casamentos em crise, o desejo de mais e mais consumir, e por aí se vão os Reis sem coroas numa panelinha maldita pelo mundo afora e vão eles sem ao menos ver os que por eles passam porque ignoram os menos favorecidos e nessa freima se vão absortos em suas próprias artimanhas de repente... Um acidente. Quem atropelou quem? Ah! agora sim, há um tempo pra parar, tarde de mais ai já se findaram algumas vidas, mas o que isso significa para quem vai desenfreado, obsecado rumo ao seu sucesso? Absolutamente nada. Mas alguém fica pelo caminho a chorar a perda do seu ente querido. E eles se vão às cegas  Não aproveitam o percurso, não apreciam a vida. E acham-se tão poderosos! Brincam de ser Deus.  Mas Queiram ou não, são pó da terra e cinza. Frágeis mamíferos, iludidos a respeito de si próprios e nessa desvairada corrida, atrás dos seus "objetivos" esquecem-se de que o que realmente é vida, vai ficando para trás esquecem que a vida é efêmera, é um conto ligeiro e que enquanto estão destruindo o planeta em volto em suas buscas gananciosas por riquezas, a terra os esperam tranquilamente de boca aberta. Ah! tranquilamente não, porque até a terra perdeu o seu rítimo natural de ser. Anda atordoada, desequilibrada, cambaleando como bêbada, como uma frágil, mas forte mulher que é continuamente estuprada ela se contorce, em dor mas ainda ama e sustenta os seus filhos. Mesmo abalada pela ação do homem insano e ganancioso. mas, há! quem ame essa terra de natureza majestosa, que de tão sublime e bela que é encanta todos aqueles que tem o dom  de senti-la  nas veias! Que vibram com suas belezas exuberantes que desfilam majestosamente pelos regatos, montanhas, morros e vales. E adentra à nossa essência nos presenteando com o seu doce regalo. É de causar indignação so assistir o que o homem está fazendo com o nosso planeta terra. pobres seres que não não conseguem enxergar e muito menos sentir a doce, bela e real essência da vida. Feras humanas... Um dia voces serão extintos da face da terra e há de prevalecer um povo que a ame e que dela cuide. E esse sistema insano um dia terá fim, levando consigo sua cultura enferma que um dia também se findará


Kainha Brito

sábado, 22 de maio de 2010

Beleza gritante

O espectáculo natural da vida, único que nunca sai de cena. É sublime perscrutar os segredos confidenciados entre as  saudações nos campos, a brisa a beijar as flores. Ás árvores a dançarem exibindo seus, frutos, o chiar das folhas e galhos bailando sob a valsa do vento e o balançar do galho, de onde o pássaro voa. O pequeno beija flor em seu afã na dança ao sabor do néctar. luz divina se intercala entre ele e sua flor. Quão formosas e imensuráveis belezas se contemplam. Comemorando as boas novas. A exuberância dos arvoredos, as sombras que estendem-se  bordando o chão com restias do sol e luar, a doce melodia das cascatas e o silenciar das águas doces. Curvo-me diante de tão infinita beleza.
O  trinar majestosos dos passarinhos, faceiros, ligeiros como crianças, cantam e brincam desenhando no ar suas trajetórias  fazendo curvas em seus voos graciosos destilando alegrias em doces notas sonoras, em  ternas melodias. Os raios poentes do sol,  tingem o horizonte deixando-o multicolor, a deitar de mansinho os seus reflexos de ouro, como fitas douradas, sobre a paisagem dessa terra, de tardes eternas tarde essa que se deita sobre um dia exaustivo trazendo calma, mostrando um semblante meigo, sereno porém cansado, como que a si mesma se transpôs de alguma guerra e que guerra. E transmudada mostra sua face cândida em sua brandura eterna inspirando naturalmente os seus habitantes mais dispersos, Como que compensando-os pelo árduo  dia de trabalho. E o meu céu entardecido, belo e cálido descansa agora, nos braços do arrebol! aformoseando a paisagem do orbe. E a ténue cortina do anoitecer, veste suavemente o corpo da noite que num mesmo ritual desce à terra, trazendo descanso aos seus habitantes e os cobrindo suavemente com o seu castanho lençol e de presente trás um luar formoso que lentamente vai enluarando a paisagem noturna onde todos os amantes se curvam ante a beleza cálida e terna desse  maestoso luar. São momentos e magias que se eternizam em nós por toda a nossa vida. Como bálsamo que sacia a nossa essência. Oásis em nós a regarem os nossos eus  causando-nos uma efluência de inspiração tal, que nos impulsiona a cada dia mais a meditar, poetizar e a sonhar com um país simplesmente assim totalmente belo saudável e cheio de ternura livre dos predadores humanos uma terra fértil e acolhedora berço de vivos e mortos molde do homem primeiro. Mãe amada fonte de vida terra querida amo te tocar com os pés descalços, com as mãos abertas sobre ti passar, ver-te escorregar por entre os meus dedos e em ti, escrever os nomes amados guardados em segredo... 


                                                       Kainha Brito

sábado, 15 de maio de 2010

Um pouco de mim

       
   
 Venho como quem vem de muito longe, trazendo na    Mente as lembranças vividas  Por lá, na alma uma Bagagem artística anónima, na mala, alguns vestidos Floridos, 
Um diário e algumas poesias em papéis amarelados e Gastos pelo tempo, elas foram escritas em baixo das Árvores do meu sertão. Trazia ainda tatuado em mim
Os ensinamentos paternos, os quais poderiam me Conduzir pela vida de uma forma mais branda.  Mas ingenuamente  ousei enfrentar o Mundo. Queria fazer teatro, sem ao  menos saber o que isso viria a ser. Apenas Gostava de interpretar, queria ser alguém mas quem? Eu não sabia, apenas queria. Sonhava... lá nas matas onde nasci, ainda  recordo-me interpretando à beira do açude E do igarapé. Onde tinha o hábito de neles  banhar o meu corpo e minha alma. Era o Meu hobby preferido, mergulhar na  quelas águas envolta em mistérios. Eram águas Que dóceis e silenciosas me fascinavam entre os segredos exóticos de tão rica e bela Natureza! lembro uns pedaços de chão limpinhos como que varridos à capricho pelo Vento a poeira jogando no ar sua cortina vermelha dificultando  minha visão que ainda Alcançava a  Imagem da minha mãe, lá na beira do caminho com a filha caçula  no raço E com a outra mão acenava um triste adeus para mim.  A quela cena ficou grava em Minha  retina e tatuada em minha alma.  As lágrimas desciam lavando as mascas dos Carinhos recebidos.  Minhas mãos ainda sentiam o calor das suas. Agora só a Lembrança de tudo que era Tão diferente da realidade desse mundo louco onde Passei por provas de fogo, quantas lições umas brandas, outras terríveis que  me Quebraram em mil pedaços como se quisessem me espalhar pelo mundo inteiro, e eu, Tão ingénua que era, e  ainda sou, porque o que é, é. E nunca deixa de ser.  Ainda fiz Um curso de arte dramática no teatro Paiol na Avenida Amaral Gurgel, Santa Cecília São Paulo, e outras oficinas em lugares diferentes, fiz teatro durante muito tempo, Antes de ser atingida  por esse vendaval, que estilhaçou-me por dentro e por fora, Sentí-me tão frágil para tanta brutalidade. Virei fugitiva do esposo pois o qual era muito Violento. E a menina que sempre fui, a eterna  adolescente que habita em mim, tremia Em meu ser, querendo agasalhar-se em mim, Proteger-se no seio dessa frágil,  mas Forte mulher que sou. E eu a acalentava dizendo: Calma minha menina voce é forte, é O meu eu profundo, minha essência Pura, a base que jamais quero perder. Essa é a Hora em que precisamos lutar arregimentar forças buscar-mos a  Deus, aí sim, vamos Vencer. Parecia mais uma louca, falando comigo mesma, mas na quele momento eu Toda me tornara menina assustada com vontade de gritar:  Meu Deus onde estou? Como vim parar aqui nesse canto do planeta toda machucada pelas garras desse Mundo louco e furioso? Era preciso silenciar-me agora  e encarar a Vida de frente, Negociar com ela, ver o que ela realmente queria de mim.  Porque tanta  fúria?  E como Uma boa guerreira, travei luta com o mundo e comigo mesma. Aprendi a Lidar com Meus medos e inseguranças até para descobrir-me quem sou. Quantas em mim Existem? Eram perguntas que não queriam calar. Me perdia e me encontrava, quantos Eus havia em mim? Maluques e lucidez o real e o imaginário se mesclavam em minha Mente. Agora tudo se  Acalmou ficaram marcas indeléveis, mas o tumulto passou.  E Partes de mim contiuam Voltando até hoje, descendo como gotas de bálsamo ao meu Âmago trazendo a doçura e a paz que necessito para viver.  Foi muito dolorido, Perder-me de mim porque Me parecia às vezes, que o meu eu profundo, era subtraido E em seu lugar colocado Uma concha vazia  de sentimentos, eu procurava por uma Gota de mim, numa sede por minhas emoções e sensações, e numa busca Desesperada pela minha alma, vida minha, essência minha, que parecia ter sido Suspensa de mim, vaguei pelos vales escombros alcei vôo escalei montanhas, em fim, Vencí porque o bem vence o mal, sou fonte de bênçãos e afluente de nobres Sentimentos. Minha alma agora livre vôoa pelas brumas do tempo entre flores e Florestas enaltecendo as ricas belezas naturais cuja grandeza está oculta aos olhos Do homem comum                   

                                                             Kainha Brito