coisas da vida

Sejam bem vindos ao meu blogue e se não gostarem desculpem-me sou iniciante aqui beijos

domingo, 4 de julho de 2010

HOJE

Hoje estou...Num silêncio profundo e reparador. Senti vontade e fazer um  auto check-up das minhas idas e vindas dos meus eus, a ãnsia que sente a  minha alma  para saber quem sou quem fui? São muitas as coincidências, nesse vasto e misterioso mundo. Observo o divagar da minha alma, pelo vão da vida transportando-me para tantos universos onde jamais em corpo, eu poderia ir. Caminho Agora por dentro de mim, pelos Corredores profundos do meu interior, vou meditando enquanto perscruto os segredos da minha própria existência. Relembro os tombos que levei, os nãos que recebi, onde errei e porque errei, Porque as coisas não sairam como eu sonhei! acabei me Envolvendo com um maluco frio e violento que arrembentou-me por Fora e por dentro dilacerou-me o coração tudo já passou, mas, quantas marcas Indeléveis ficaram pelo coração da minha alma. Vem à tona agora a Minha fragilidade feminina quebrada como um cristal em mil pedaços espalhados em mim, as despedidas, as vozes infantis tão carinhosamente chamando mamãe. E o tempo que passou tão ligeiro, as meigas vozes dos meu filhos, Ficaram tatuadas sobre o altar da minha consciência! Recordo-me quando falei: Estão indo embora os Meus meninos! E tão rápido se foram mas eis que uma voz estranha arranhada, tão breve chegou. Era a voz dos homens filhos meus! Que chegavam com todo seu
vigor e euforia. E na casa dos meus pais? Era lindo o quadro que se formava  em volta à mesa num almoço familiar. Mas, esse quadro se quebrou no tempo, se desfez saudosos são os meus pais. Filhos? crescem e se vão. Irmãos? Ficam espalhados por aí, o casamento? não o suportei. E ele também se desfez, ah! Hoje é um dia que Talvez o destino o tenha escolhido para que eu ficasse assim. Nesse mergulho profundo pelas brumas de mim. É doloroso parar em cada estação do passado e sozinha andar por lugares desérticos e remotos rebuscando fragmentos do que já não mais existe. Mas que foi tão forte e deixou dor, saudades e também belos Momentos. Quando estava em família. Agora, me encontro assim, abandonada em mim  pedindo ao vento que me abrace, e que os anjos do Senhor cuidem de mim e que a noite me dê o seu colo, para que eu descanse. Sei que  amanhã estarei bem, porque me refaço, extraindo forças do meu mais profundo ser. Sou guerreira,  já atravessei os piores escombros e sobrevivi, construí em cada lugar Da queda um patamar, fiz de cada luta um desafio e daí uma vitória e mais um degrau na escada da minha evolução! Mas hoje, desabei em mim sentindo saudade profunda dos vestígios que em mim ficaram de todos que já Não me rodeiam eles se foram... Então me fiz Silenciar. Assim, sentindo vontade apenas de ficar recolhida  ao Máximo, ao meu Recato, ao meu pudor sentimental me aconchegar à Mim e viajar Pelo meu universo Interior. o meu eu Profundo está dolente e febril. Os meus outros eus,Também sentem.  Hoje Estou assim...Absorta em meus pensamentos  perscrutando os segredos da vida, tentando desvendá-los. A vida é um mistério. Viver é perigoso e as vezes, machuca e dói muito. A vida também é efêmera. E absorta em meus pensamentos e Problemas, tudo foi Passando e tantas coisas boas se foram. A saudade doeu fundo vou divagar pelo mundo a viandar sem destino. Pra sarar essa dor de mim. Ela vai passar. Sei que vai. JaJá estarei feliz e Sorrindo, quem sabe até de mim...Não pelo que passei. Mas, por hoje Estar assim...


                         Kainha Brito

sábado, 3 de julho de 2010

liberdade

Quantas vezes a chuva nos pega de surpresa melhor pra mim é quando ela me pega andando a pé pela rua minha preocupação é apenas proteger o celular e documentos. E sigo feliz radiante em minha caminhada  sinto vontade de sorrir, gritar, sei lá, abro a boca  rumo ao céu e sinto o sabor da chuva gosto gostoso de sentir agora sinto frio. to encharcada, as poças dáguas estão espalhadas em mim  é  doce acorde  que adentra os meus ouvidos  linda orquestra sinfónica natural  Sinto a sensualidade da chuva se enroscando em mim  ela é macia, carinhosa e desliza pelo meu rosto acariciando-o e desce pelo meu corpo me dando um banho delicioso me deixando em êxtase. A chuva me encanta e me alegra a alma desço a rua com os calçados nas mãos, lembro a infância e chuto as poças dágua que vem lavando o asfalto que lá pelos primórdios da minha vida era chão de barro vermelho o cheiro inesquecível está ali presente e quando fecho os olhos num segundo percorro o mundo entre as águas barrentas pelas fendas da terra em direção ao igarapé da minha infãncia, pelas águas das cachoeiras e chuvas noturnas  quero correr como criança de braços abertos girar no tempo em liberdade despidas das coisas supérfluas dessa vida. E a chuva perdura chove fora e dentro de mim é festa dentro de mim é cheiro de infância, de comida da mãe, de lençol quentinho limpinho... que doce carinho minha alma abarca o corpo frio e transparente da chuva e já em baixo do chuveiro apenas o sussurrar da água pensamentos voam longe... solidão de ti meu amor. Quando te esperava quentinha em baixo das cobertas e a chuva vinha  tocando  o  telhado de mansinho baixinho, forjando o desejo de me aconhegar  a ti entrar dentro de ti numa fusão latente e me aquietar apóis o transbordamento do nosso amor Chuva serena que cai devagar banhando os meus sonhos que andam por aí notas sonoras a me acalentar  é música dos sonhos que me faz viajar é canção de ninar que me pôe pra  dormir  suave acorde quão bela harmonia é canto e encanto é doce alegria é plácido acalento  terno momento de  doce magia
                                                               
                                                                 Kainha Brito