coisas da vida

Sejam bem vindos ao meu blogue e se não gostarem desculpem-me sou iniciante aqui beijos

sábado, 22 de maio de 2010

Beleza gritante

O espectáculo natural da vida, único que nunca sai de cena. É sublime perscrutar os segredos confidenciados entre as  saudações nos campos, a brisa a beijar as flores. Ás árvores a dançarem exibindo seus, frutos, o chiar das folhas e galhos bailando sob a valsa do vento e o balançar do galho, de onde o pássaro voa. O pequeno beija flor em seu afã na dança ao sabor do néctar. luz divina se intercala entre ele e sua flor. Quão formosas e imensuráveis belezas se contemplam. Comemorando as boas novas. A exuberância dos arvoredos, as sombras que estendem-se  bordando o chão com restias do sol e luar, a doce melodia das cascatas e o silenciar das águas doces. Curvo-me diante de tão infinita beleza.
O  trinar majestosos dos passarinhos, faceiros, ligeiros como crianças, cantam e brincam desenhando no ar suas trajetórias  fazendo curvas em seus voos graciosos destilando alegrias em doces notas sonoras, em  ternas melodias. Os raios poentes do sol,  tingem o horizonte deixando-o multicolor, a deitar de mansinho os seus reflexos de ouro, como fitas douradas, sobre a paisagem dessa terra, de tardes eternas tarde essa que se deita sobre um dia exaustivo trazendo calma, mostrando um semblante meigo, sereno porém cansado, como que a si mesma se transpôs de alguma guerra e que guerra. E transmudada mostra sua face cândida em sua brandura eterna inspirando naturalmente os seus habitantes mais dispersos, Como que compensando-os pelo árduo  dia de trabalho. E o meu céu entardecido, belo e cálido descansa agora, nos braços do arrebol! aformoseando a paisagem do orbe. E a ténue cortina do anoitecer, veste suavemente o corpo da noite que num mesmo ritual desce à terra, trazendo descanso aos seus habitantes e os cobrindo suavemente com o seu castanho lençol e de presente trás um luar formoso que lentamente vai enluarando a paisagem noturna onde todos os amantes se curvam ante a beleza cálida e terna desse  maestoso luar. São momentos e magias que se eternizam em nós por toda a nossa vida. Como bálsamo que sacia a nossa essência. Oásis em nós a regarem os nossos eus  causando-nos uma efluência de inspiração tal, que nos impulsiona a cada dia mais a meditar, poetizar e a sonhar com um país simplesmente assim totalmente belo saudável e cheio de ternura livre dos predadores humanos uma terra fértil e acolhedora berço de vivos e mortos molde do homem primeiro. Mãe amada fonte de vida terra querida amo te tocar com os pés descalços, com as mãos abertas sobre ti passar, ver-te escorregar por entre os meus dedos e em ti, escrever os nomes amados guardados em segredo... 


                                                       Kainha Brito

sábado, 15 de maio de 2010

Um pouco de mim

       
   
 Venho como quem vem de muito longe, trazendo na    Mente as lembranças vividas  Por lá, na alma uma Bagagem artística anónima, na mala, alguns vestidos Floridos, 
Um diário e algumas poesias em papéis amarelados e Gastos pelo tempo, elas foram escritas em baixo das Árvores do meu sertão. Trazia ainda tatuado em mim
Os ensinamentos paternos, os quais poderiam me Conduzir pela vida de uma forma mais branda.  Mas ingenuamente  ousei enfrentar o Mundo. Queria fazer teatro, sem ao  menos saber o que isso viria a ser. Apenas Gostava de interpretar, queria ser alguém mas quem? Eu não sabia, apenas queria. Sonhava... lá nas matas onde nasci, ainda  recordo-me interpretando à beira do açude E do igarapé. Onde tinha o hábito de neles  banhar o meu corpo e minha alma. Era o Meu hobby preferido, mergulhar na  quelas águas envolta em mistérios. Eram águas Que dóceis e silenciosas me fascinavam entre os segredos exóticos de tão rica e bela Natureza! lembro uns pedaços de chão limpinhos como que varridos à capricho pelo Vento a poeira jogando no ar sua cortina vermelha dificultando  minha visão que ainda Alcançava a  Imagem da minha mãe, lá na beira do caminho com a filha caçula  no raço E com a outra mão acenava um triste adeus para mim.  A quela cena ficou grava em Minha  retina e tatuada em minha alma.  As lágrimas desciam lavando as mascas dos Carinhos recebidos.  Minhas mãos ainda sentiam o calor das suas. Agora só a Lembrança de tudo que era Tão diferente da realidade desse mundo louco onde Passei por provas de fogo, quantas lições umas brandas, outras terríveis que  me Quebraram em mil pedaços como se quisessem me espalhar pelo mundo inteiro, e eu, Tão ingénua que era, e  ainda sou, porque o que é, é. E nunca deixa de ser.  Ainda fiz Um curso de arte dramática no teatro Paiol na Avenida Amaral Gurgel, Santa Cecília São Paulo, e outras oficinas em lugares diferentes, fiz teatro durante muito tempo, Antes de ser atingida  por esse vendaval, que estilhaçou-me por dentro e por fora, Sentí-me tão frágil para tanta brutalidade. Virei fugitiva do esposo pois o qual era muito Violento. E a menina que sempre fui, a eterna  adolescente que habita em mim, tremia Em meu ser, querendo agasalhar-se em mim, Proteger-se no seio dessa frágil,  mas Forte mulher que sou. E eu a acalentava dizendo: Calma minha menina voce é forte, é O meu eu profundo, minha essência Pura, a base que jamais quero perder. Essa é a Hora em que precisamos lutar arregimentar forças buscar-mos a  Deus, aí sim, vamos Vencer. Parecia mais uma louca, falando comigo mesma, mas na quele momento eu Toda me tornara menina assustada com vontade de gritar:  Meu Deus onde estou? Como vim parar aqui nesse canto do planeta toda machucada pelas garras desse Mundo louco e furioso? Era preciso silenciar-me agora  e encarar a Vida de frente, Negociar com ela, ver o que ela realmente queria de mim.  Porque tanta  fúria?  E como Uma boa guerreira, travei luta com o mundo e comigo mesma. Aprendi a Lidar com Meus medos e inseguranças até para descobrir-me quem sou. Quantas em mim Existem? Eram perguntas que não queriam calar. Me perdia e me encontrava, quantos Eus havia em mim? Maluques e lucidez o real e o imaginário se mesclavam em minha Mente. Agora tudo se  Acalmou ficaram marcas indeléveis, mas o tumulto passou.  E Partes de mim contiuam Voltando até hoje, descendo como gotas de bálsamo ao meu Âmago trazendo a doçura e a paz que necessito para viver.  Foi muito dolorido, Perder-me de mim porque Me parecia às vezes, que o meu eu profundo, era subtraido E em seu lugar colocado Uma concha vazia  de sentimentos, eu procurava por uma Gota de mim, numa sede por minhas emoções e sensações, e numa busca Desesperada pela minha alma, vida minha, essência minha, que parecia ter sido Suspensa de mim, vaguei pelos vales escombros alcei vôo escalei montanhas, em fim, Vencí porque o bem vence o mal, sou fonte de bênçãos e afluente de nobres Sentimentos. Minha alma agora livre vôoa pelas brumas do tempo entre flores e Florestas enaltecendo as ricas belezas naturais cuja grandeza está oculta aos olhos Do homem comum                   

                                                             Kainha Brito