coisas da vida

Sejam bem vindos ao meu blogue e se não gostarem desculpem-me sou iniciante aqui beijos

terça-feira, 9 de abril de 2013

Quero a graça




Quero a graça da inocência
A pureza límpida das fontes
Com a natureza ter aquiescência
E Remirar o rubro horizonte

Cantos de júbilos eu quero ouvir
Ao lado das cachoeiras deitar
E ao som das melodias dormir
Sentindo à mão de Deus me tocar

Os estames em eterna pureza
Pistilos fecundam o amor
Pólen, de infinita grandeza
No gineceu do meu eu em flor

Oh natureza bela e formosa
Teu espetáculo é encantador
Quem te assiste assim majestosa
Glorifica á Deus pelo seu esplendor


Kainha Brito

                             Imagem do site pinterest

Uma linda menina nascera naquele interior de tão poucas pessoas, mas que tinham um grande poder para difamar. E aquela menina era bonita, tinha cintura bem feita, pernas grossas, sinal de beleza e sorriso espontâneo. Cor branca, pele rosada, cabelos cacheados cor de mel, olhos esverdeados e uma inocência aflorada. Era tão ingênua e não percebia que por todas as mulheres daquele lugar era invejada. Era alvo de ciúmes desde pequena. Mas sua vida era admirar as borboletas, os pássaros, amar   a natureza, subir em árvores e mergulhar nos açudes e igarapés. Sem se dar conta de que já despertava nos homens algo mais. Aquele mundo era encantado aos seus olhos, a vida era um encanto de beleza. E aquela menina corria descalça pelos campos, saltava pra todos os lados e brincava com tudo que achava pela frente. Abria os braços em suas corridas pelos matagais, sorria ao sentir o vento tocar em seu rosto. Gostava de se exibir em cima da mesa dançando e fazendo gestos de quem era importante. Ah! Aquela menina, ela pressentia mistérios, prenúncios e parecia ver além... Só não percebia o quanto era ingênua e essa foi a sua condenação... Aquela menina foi tantas vezes mutilada, sangrou tantas vezes o seu coração, foi pega de surpresa pelos ferozes predadores da inocência. E armadilhas certeiras lhe atingiram tão profundamente. Pobre menina alegre. Agora em lágrimas se derramava. O tempo passou a menina cresceu e elevada pelo pai, ela então se mudou para longe das suas raízes e numa cidade distante ela foi morar. E isso, ja era o bastante para lhe doer a alma, mas ela queria esquecer os golpes intrinsecos, que lhe dilaceraram. Quão grande foi à sua surpresa, pois os ferozes predadores da inocência habitavam nessa cidade em maior quantidade. Ela foi outras vezes stingida. Agora a mulher ingênua e machucada que se tornara, se fechou em seu casulo e como a princesa, ela dorme em seu castelo encantado... Aquela menina ainda hoje vive em minhas entranhas. Eu fui ela e ela ainda é em mim e pra sempre; pela eternidade afora viveremos juntas, amando ainda com a mesma pureza e inocência dos primórdios do tempo... Pois de inocência e pureza foi feita à nossa essência... Viverá essa menina, entranhada na  essência daquilo que em mim existir além da eternidade


                                          Kainha Brito

Aquela Menina

domingo, 9 de janeiro de 2011

Yasmim

















                      

sábado, 8 de janeiro de 2011

VOCE VIRÁ

Meu amor,  onde estar voce? Por essas noites  infindas onde o sono tarda
E as horas parecem não querer passar. O meu olhar vazio e escasso de
Sono divaga transpondo-se para  além do imaginário, Em busca de ti, meu amor
Que atua misteriosamente pelos  palcos da vida. Mas... Onde?  Num
Cinema teatro ou ao luar? Em que esquina da vida voce estar? 
Anseio muito te encontrar. Homem da minha vida. Eu sinto o teu respirar,
O teu pulsar em minhas veias nesse momento, eu me entregaria para
Ti, sem reserva e me dissolveria em ti, entre delírios e sussurros minha
Alma sedenta e faminta, de amor e desejos não teria forças para reagir,
E eu nem mais teria consciência de mim. Desfaleceria em teus braços com
Certeza, deitada  em  minha fragilidade, alma ingênua,  inoscência aflorada e 
Ébria de amor, me deixaria ser conduzida por ti, minha alma estaria para
Ti, como a flor  para o seu beija flor! oferecendo-lhe, o seu néctar!
Ficaria assim, a minha essência. Fértil e ávida a jorrar o mel do meu amor
Para ti. Ao ouvir o som das tuas palavras quentes Balbuciadas aos meus
Ouvidos, teus lábios ardentes e saborosos destilando gotas do teu mel
Em minha boca e eu bebendo de ti,  homem querido, eu enlouqueceria,
Me perderia de mim totalmente, sim,  porque estou encantada  voce me  
Envolvente e tem poder de sedução. Teus braços são adornos macios 
E fortes em volta de mim, mantendo-me num acorde maravilhoso 
Contigo. Nossos corpos fundidos sob o olhar cândido da
Lua contemplada por nós dois por entre as folhas das árvores 
Pelos campos ouvindo o zumbir da mata junto à tua voz maviosa
Nesse teu sedoso canto que me encanta e me fascina, és o senhor
De mim, submissa estarei eu, abduzida por ti, em êxtase Viajando
Pelo teu corpo em braille, sugando o teu suor, aspirando o teu Cheiro
Másculo e nesse sentimento profundo e glorioso, naufrago em ti 
Hipnotizada pela viagem apaixonante do teu olhar. O  teu afago deixa
Impresso em minha pele o ígnia desejo do nosso querer, e o teu ar sedutor
faz fluir de mim, os desejos mais sinceros e profundos. E a  minha feminilidade
Aflora e afluentes de mim se abrem e do meu mar jorram os mais puros
Sentimentos de prazer! de alegria e deleite púdico. Meu corpo arde
Em Chamas e desejos latentes, entro em delírio sem posse de
Mim, submersa e ávida  adentro às tuas profundidades e me sacio do teu 
Cálido amor. Como é doce te amar!  Antes mesmo que te conheça, 
Pressinto a doçura eleveza da tua alma, a tua veemência avassaladora 
E a cadência do teu andar. Me sinto dentro da viagem Pacífica  e estonteante
Do teu olhar. Que Deus te ponha Logo em meu caminho e que voce traga
Contigo a poesia na alma, mas venha com o seu olhar afrodisíaco e arrebatador.
Pois assim, te sinto arrebatando-me de mim. Extasiando minha alma
Embriagando-me com o vinho do teu amor! Que perdurem meus sentidos 
Nesse estado extático, realizando-se diante desse ser veemente  que não
Sei por nde anda. Se voa, navega, corre, escala, nem em que parte do mundo
Transcende. Sei que saberá me amar. Pois é ele um poeta. E num
Dia de glória hei devê-lo chegar e com seu facínio e ternura, em minha
Alma pura ele há de pousar 
                                    
                              Kainha Brito

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O PÁSSARO

O pássaro voa pra vida 
          Deixando o galho a balançar
  Vai viver suas aventuras
       Minha alma observa de cá 
 Se pudesse também eu
Faria meu ninho no ar 

          Mas é tanto querer na alma
     A vagar pelo vão da vida
     Pelo vácuo transparente
           Pelas brumas enternecidas
   Sou tripulante do vento
            De mãos dadas com a brisa

Voa pássaro ligeiro
     Sempre de par em par
         Eu de cá observo o vôo
  Eles amam pelo ar   
    Numa valsa maviosa
              Minha alma neles a voejar
   
Kainha Brito
      

A FILA

 Não suporto mais filas é uma angústia que me sufoca a alma. Logo pela manhã num posto de saúde a fila mede quase um quilômetro. a gente vai até fazer uma consulta de rotina, mas acaba doente pelo stress e tem aquelas pessoas que parecem sempre  dispostas a conversar sobre tudo e  conversa vai, conversa vem, não param de falar o tempo todo e olham pra gente como que querendo interagir caramba,  pra não ser interpretada como mal educada acabo tendo que sorrir, ou falar: Hanran,  pois é. Puxa, às vezes saio dali dou uma volta ao redor do postinho com uma sensação esquesita de que o mundo estar insípido, todo aquele burburinho me dar uma aflição uma impressão de que vou  desmaiar, é muito cedo acabei de acordar preciso me refazer, ou seja nunca acordo sorrindo demoro um tempo pra estar aberta ao mundo. Começo a suar frio, olho pra o outro lado onde tem sempre alguém vendendo café com bolo, o movimento é grande as conversas continuam, é preço de arroz, feijão, tomate, frango, imgino os frangos dependurados num varal a mente viaja pelos frios dos supermercados, pelas frutas, verduras e sinto cheiro frio de cebola. Que é isso? Cebola é ótimo pra temperar. Não entendo. Ainda bem que tudo isso me faz pensar num plano de saúde,  isso pra nunca mais enfrentar essa situção. E as conversas continuam é o marido que passou a noite na rua, é a filha, aquela moleca que não quer fazer nada, tudo bem, todo mundo é livre pra conversar mas não sei porque, nessas horas me dar vertigem. Observo o entra e sai, a roupa das pessoas o comportamento, os médicos que às vezes passam sem dar um bom dia e meio que se esquivando da queles  que esperam por um atendimento desde às cinco horas da manhã,  meu olhar o bservador vagueia pelos quatro cantos do local onde nada passa despercebido e agora pousa  sobre a estampa da roupa de uma senhora cujos desenhos eram de uns mulequinhos jogando bola. Enquanto ela estava conversando sem parar, eu tentava entender. Porque ela comprou aquele vestido com aquela estampa? Será que ela gosta tanto assim de futebol? Ou  quem sabe nem ao menos se deu conta do que tinha na queles desenhos,  Caramba, mas o que eu tenho a ver com isso? Tento lembrar de algo mais interessante mas, o estado de espírto em que me encontro nessas horas é estranho e de repente já me pego analisando o rosto e a  pele, de alguém que às vezes me dar a  impressão de estar com o corpo gelado, rosto pálido meio suado, evidenciando insistentes lutas pela sobrevivencia sinto até vontade de ir até lá e confortar essa pessoa.  Ás vezes acabo indo embora antes da tal consulta e ainda me sentindo mal o que antes não estava sentindo em outros momentos gosto muito de conversar com todas as pessoas, sou simples vim do interior,  mas, nessas horas por favor. Menos... 

                                                                      Kainha Brito

CRIANÇAS ÀS MARGENS

Andantes os meninos de rua
Peregrinam em dor de precisão
Vazias e hábeis vão as mãos suas
sem saber porque mãos se vão
nas calçadas frias e nuas
seus travesseiros são suas mãos
 
A esmo vaõ, pelas ruas a vagar
Sob um olhar que lhes consome
De quem deveria lhe amar
É o olhar do proprio homem

que finge não lhes enxergar

Matando-os mais que a fome
  


E sem rumo certo eles se vão
sem ter de nós o carinho
o verbo amar fora de ação
pobres crianças sem destino
na rua o crime em profusão
Deus? Guarde esses meninos


Na fria face da violência
Se estampa a maldade
Dissipando a inocência
Com requinte de crueldade
Deitam no berço a imprudência
E a exclusão da sociedade


Que sejam guardados os
seus sonos
Sintam a paz em seu dormir
Nas calçadas do abadono
Minha alma estará aí.
De todos um pouco cuidando
E a Deus sempre implorando
Pra Suas vitórias logo vir
                   Kainha Brito

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Poema do fundo do poço

A poesia não é como muitos cuidam ser,
Canção de ninar para as crianças burguesas,
Nem rítimo a embalar o áureo berço dos príncipes,
Nem alvo de aplausos
Entre as cortinas e luzes da ribalta.

Não!
A poesia não é alimento à lascívia das "socialites",
Nem refrão para a dialética dos galantes,
Nem a musa dos loucos amantes,
Que o vate tanto exalta.


Antes a poesia tem que nascer qual lírio
no deserto;
Tem que fluir qual manancial trazendo do seio
Da terra
Subtâncias nilístas em vapores onívoros
Capazes de consumir
pra depois transformar,
E por fim,
renascer.

...Ser semente de germes telúricos...
Tem que ter a energia do pulsar
Dos espíritos;
Ecoar como o grito dos monstros
Do pântano;
Transmitir o terror que se esconde
No amor
E o veneno contido no nécta 
Da flor.


O poeta tem que emergir da lama das favelas,
Ser o óbulo a tremer entre as mãos do mendigo;
Ser o fogo da trempe do homem do campo,
Ser o nó que estrangula a gartanta do povo...

O poeta que bem interpreta esse mosntro
chanmado erroneamente "Homo Sapiens"
Que hoje domina a paisagem dessa terra
Com a mesma selvageria dos sáurios
Mesozóico...


Esse poeta tem que decer às sargetas das feiras,
E envolver-se na angustia fervente das massas,
E saber que realmente o Homem não é
O que assina decretos, 
O que vota projetos,
O que dar vereditos e assina sentenças.


Que o Homem não é o que prega no púlpito
Que decreta castigos no confessionário;
O que paga empregados, o que usa gravata
E que manda matar.


Pois o Homem habita no lodo dos guetos,
Alimenta-se dos restos do lixo das feiras,
Morre nas calçadas dos fundos da igreja,
E vai direto do limbo
por não poder pagar pra ir ao Céu.


Esse é o homem que sente, que chora, que geme;
Cuja vida se esvai no holocausto da fome,
Cujo grito retumba nos véus da agonia!
O poeta é o que canta o horror desse homem
Que já nem pensa mais... que só grita; só geme...
Esse poeta sou EU! ESTA É MINHA POESIA !...

              Poesia de Gutemberg Sousa Brasil 

                             Kainha Brito





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

nós


Gosto de ouvir voce dizer baixinho que fiz tudo direitinho,
Só pra me agradar, gosto quando voce vem me seduzir...
Finjo não querer, só pra voce ver, que não sou tão fácil assim.
Mas me amoleço toda, numa vontade louca de me entregar.
Gosto de cheirar tua barba, que voce deixou crescer só pra me agradar                       

Gosto de fazer nossa comida, ver-te chegar de mansinho,
Me abraçar, me beijar na nuca, me fazer perder o chão,
E quando te peço desculpas voce me diz, com todo carinho
Que tudo estar  bem que ja passou e me dar sua atenção.

Corro para os teus braços és então o meu senhor,
E ainda me diz: Seu vestido estar bonito!  
Pousando em mim seu olhar, fininho e sedutor.
Arrebata-me a alma e flutuamos pelo infinito

A vida nos deu regozijo o meu eu no teu fundido 
Olho submissa, à viagem do teu olhar
Adentro o teu mundo mistério profundo
Em ti meu homem vou me eternizar

Amo o teu jeito brasileiro de ser.
Gosto de tudo que voce me diz.
E quando chega dizendo: Boa noite querida.
Logo imagino, que a nossa noite será feliz

Estarei dócil e submissa como voce quer
E como eu gosto de ser.
Tudo contigo é mágico até ser mulher
E tudo entre nós fica gostoso de  fazer



É preciso um pouco de aventura
Repeito amor e cumplicidade
Um bom tempero e jogo de cintura
Carinho chamego e lealdade


                                              Kainha Brito

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vem

 
Lindo!  Senhor de sí forte e guerreiro
Homem envolto em mistérios
Vou descobrir os teus segredos
E mergulhar fundo em teus mundos
Adentrar teu universo sedutor e faceiro                                

Tua virilidade arrojada
 Me desperta paixão e rubor
Teu libido impetuoso e latente
Avassala-me com furor
Em tua fertilidade
Fecundo o meu amor

Largado esportivo social
Não me importa o teu estilo
tua pegada é teu aval
Teu cheiro másculo viril
O Teu jeito é sensual
 Homem sábio e varonil
 Hombridade celestial
 Teu sabor nupcial tem cheiro primaveril
  

Vem, meu príncipe encantado
Com tua elegância e alinho
Com teu ar misterioso
A viandar em meu caminho
São meus, os teus passos
Vem  pousar no meu regaço
E se proliferar nesse  meu ninho













quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TUAS PALAVRAS



QUANDO TE VEJO SINTO-ME TÃO FELIZ
O MEU SER SE ENCANTA DELIRA E DECLAMA
BELOS HINOS DE AMOR.  
MINHA ALMA ENTRA EM FESTA E DANÇA PRA O MUNDO
NUM GOZO PROFUNDO DE ALEGRIA E FRAGOR


É PRECIOSO TE LER É MEL QUE ALIMENTA 
MINHA ALMA SEDENTA  A TE PROCURAR  
É TERNURA E ALEGRIA, DOCE MAGIA
TUA POESIA É CANÇÃO DE NINAR 


É  UM ENCANTO QUE AFLORA OS MEUS EUS 
IMAGINANDO OS OLHOS TEUS A ME DESNUDAR  
AS TUAS PALAVRAS SÃO FAVOS DE MEL 
SÃO LIRAS DE AMOR ENVOLTA EM JASMIM
 VEM BRINCAR EM MEU CARROCEL 
VOCE É O MEU CÉU O MEU ANJO QUERUBIM


                                  KAINHA BRITO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fragmentos

 Vida! O mais belo livro de se ler, a mais linda arte do saber. suas lições São as mais sábias. Mas, quantos mistérios inexplicáveis se escondem Por entre as engrenagens desse sistema chamado mundo, quantas ilusões Quantos sonhos já e se dissolveram na amplidão do universo, e quantos Segredos se perpetuam no painel do tempo. Quantas vezes nos perdemos Nesse palco por onde atuamos  incertos nessa estrada sem volta, sem Rascunho, onde nos surpreendemos a cada curva quantos sustos, e Quantas alegrias saudades, lágrimas de despedidas de chegadas abraços De alegrias, aflições de mãe confusão de adolescentes,  filas, hospitais dor Ódio amor quantos passos temos conjugado nesse verbo andar, correr... Quantos problemas difíceis que parecem não ter solução. Mas nós Destrinchamos, somos guerreiros e como tais, com bravura quebramos Barreiras e passamos quantos portas fechadas quantos nãos recebemos É uma guera pasticular de cada um, de cada família do berço ao cemitério. Os problemas sempre vão existir. Mas ninguém para por isso. Nem nós, Nem o tempo. Ele vem rasgando o véu  da eternidade. Ha séculos com os Seus mistérios seu vento varrendo ruas arrastando folhas, papéis Ziguezagueando pelos cômodos de todas as casas, zumbindo pelos velhos Casarões visitando portais eternos, olhando para trás, era bem ali o meu Tempo de menina. Quase posso ouvir o ranger das dobradiças dos velhos Portões. Aquele casarão cheio de dornas. E o caminho tão lindo adornado Por ávores exuberantes ensombrado rumo ao açude da minha infãncia. O Tempo passou depressa de mais. Mas foi pra mim muito intenso. Talvez Tenha sido por isso que aprendi muito, a suportar a entender a perdoar a Enchergar de longe os indícios do perigo quando este, ronda minha família O maior sofrimento acho que consiste em nunca ter sofrido todo Sofrimento trás com ele uma lição. É prudente aprender-mos isso. E de Antemão já o encarar-mos como um aprendizado assim, além de amenizar A dor, sabemos que ela vai passar e que vamos crescer e de posse desse Crescimento, ensinar-mos os nossos filhos e à quem possa interessar, Assim temos a oportunidade e a esperança de ter-mos um mundo melhor


                                                            Kainha Brito

domingo, 26 de setembro de 2010


sábado, 25 de setembro de 2010

MINHA CASA


LÁ NUM KANTINHO DO MUNDO, 
TENHO UMA UMA CASA
O DESEJO MAIOR DA MINHA ALMA, 
É IR PARA LÁ
        
  MINHA CASA É COLORIDA! CHEIA
  DE PÁASAROS E JARDINS!                                                                       
  REGATOS, FLORES E PRADOS
  TUDO  EM VOLTA SÓ PRA MIM
                                                      
  O CAMINHO É ORNADO POR ÁRVORES
  O MEU CHÃO É DE ALGODÃO 
  O MEU CÉU ESTAR NO CHÃO  
  ONDE OS PÁSSAROS SE ANINHAM 
  APÓIS A SUA CANÇÃO                                                        
             
   CONTEMPLO, VALES E MONTANHAS                    
   GIRANDO EM MEU CARROCEL,                
    MINHA CIRANDA INTERCALA             
    NA PAISAGEM DO MEU CÉU!              
    ME ALIMENTO DE MANJAR               
    E  COM ABELHAS TOMO MEL             
             
    MEU CASTELO ENCANTADO                 
    FICA AO LADO DO SOL POENTE           
    TEM UM BELO E MEIGO LUAR            
    ENLUARANDO O AMBIENTE                                      
    O ARCOÍRES ADORNANDO       
    MARGENS DE BELAS  NASCENTES            
              
     NAS BRUMAS DO ALVORECER            
     ESTRELAS AINDA A CINTILAR                                     
     DANÇO SOBRE AS NÚVENS,                  
     OBSERVO OS PLANETAS                     
     EM MINHA CIRANDA A GIRAR                        
            
     ENTRO PELAS FLORESTAS, OUÇO PÁSSAROS CANTAR            
     AS CACHOEIRAS COM OS SEUS CANTOS
     ME ENCANTAM COM O SEU CANTAR

     COMO FRUTAS NO PÉ, BEBO ÁGUA COM AS MÃOS                
     ASPIRO O CHEIRO DO MATO                 
     PEDAÇO DO MEU SERTÃO.                

     SÃO LINDAS AS MELODIAS 
     NOTAS MÁGICAS A BAILAR         
     É DOCE MÚSICA FLORESTAL   
     LINDAS FADAS EM MEU QUINTAL       
     PRA OS MEUS SONHOS REALIZAR     
       
     OUÇO HISTÓRIAS ENCANTADAS 
     ME ENCANTO SEM ME LEMBRAR 
     QUE AINDA ESTOU A CAMINHO 
     E NEM MAIS SEI COMO VOLTAR   
  
     EM MEU BALANÇO MÁGICO
     DESEJO MUITO TE LEVAR  
     PRA MINHA CASA ENCANTADA
     E CONTIGO PARTILHAR
     ADIMIRAR AS CAMPINAS
     E NAS ÁGUAS CRISTALINAS 
     CONTIGO MERGULHAR
    
                                                                

                                      kainha Brito   

domingo, 4 de julho de 2010

HOJE

Hoje estou...Num silêncio profundo e reparador. Senti vontade e fazer um  auto check-up das minhas idas e vindas dos meus eus, a ãnsia que sente a  minha alma  para saber quem sou quem fui? São muitas as coincidências, nesse vasto e misterioso mundo. Observo o divagar da minha alma, pelo vão da vida transportando-me para tantos universos onde jamais em corpo, eu poderia ir. Caminho Agora por dentro de mim, pelos Corredores profundos do meu interior, vou meditando enquanto perscruto os segredos da minha própria existência. Relembro os tombos que levei, os nãos que recebi, onde errei e porque errei, Porque as coisas não sairam como eu sonhei! acabei me Envolvendo com um maluco frio e violento que arrembentou-me por Fora e por dentro dilacerou-me o coração tudo já passou, mas, quantas marcas Indeléveis ficaram pelo coração da minha alma. Vem à tona agora a Minha fragilidade feminina quebrada como um cristal em mil pedaços espalhados em mim, as despedidas, as vozes infantis tão carinhosamente chamando mamãe. E o tempo que passou tão ligeiro, as meigas vozes dos meu filhos, Ficaram tatuadas sobre o altar da minha consciência! Recordo-me quando falei: Estão indo embora os Meus meninos! E tão rápido se foram mas eis que uma voz estranha arranhada, tão breve chegou. Era a voz dos homens filhos meus! Que chegavam com todo seu
vigor e euforia. E na casa dos meus pais? Era lindo o quadro que se formava  em volta à mesa num almoço familiar. Mas, esse quadro se quebrou no tempo, se desfez saudosos são os meus pais. Filhos? crescem e se vão. Irmãos? Ficam espalhados por aí, o casamento? não o suportei. E ele também se desfez, ah! Hoje é um dia que Talvez o destino o tenha escolhido para que eu ficasse assim. Nesse mergulho profundo pelas brumas de mim. É doloroso parar em cada estação do passado e sozinha andar por lugares desérticos e remotos rebuscando fragmentos do que já não mais existe. Mas que foi tão forte e deixou dor, saudades e também belos Momentos. Quando estava em família. Agora, me encontro assim, abandonada em mim  pedindo ao vento que me abrace, e que os anjos do Senhor cuidem de mim e que a noite me dê o seu colo, para que eu descanse. Sei que  amanhã estarei bem, porque me refaço, extraindo forças do meu mais profundo ser. Sou guerreira,  já atravessei os piores escombros e sobrevivi, construí em cada lugar Da queda um patamar, fiz de cada luta um desafio e daí uma vitória e mais um degrau na escada da minha evolução! Mas hoje, desabei em mim sentindo saudade profunda dos vestígios que em mim ficaram de todos que já Não me rodeiam eles se foram... Então me fiz Silenciar. Assim, sentindo vontade apenas de ficar recolhida  ao Máximo, ao meu Recato, ao meu pudor sentimental me aconchegar à Mim e viajar Pelo meu universo Interior. o meu eu Profundo está dolente e febril. Os meus outros eus,Também sentem.  Hoje Estou assim...Absorta em meus pensamentos  perscrutando os segredos da vida, tentando desvendá-los. A vida é um mistério. Viver é perigoso e as vezes, machuca e dói muito. A vida também é efêmera. E absorta em meus pensamentos e Problemas, tudo foi Passando e tantas coisas boas se foram. A saudade doeu fundo vou divagar pelo mundo a viandar sem destino. Pra sarar essa dor de mim. Ela vai passar. Sei que vai. JaJá estarei feliz e Sorrindo, quem sabe até de mim...Não pelo que passei. Mas, por hoje Estar assim...


                         Kainha Brito

sábado, 3 de julho de 2010

liberdade

Quantas vezes a chuva nos pega de surpresa melhor pra mim é quando ela me pega andando a pé pela rua minha preocupação é apenas proteger o celular e documentos. E sigo feliz radiante em minha caminhada  sinto vontade de sorrir, gritar, sei lá, abro a boca  rumo ao céu e sinto o sabor da chuva gosto gostoso de sentir agora sinto frio. to encharcada, as poças dáguas estão espalhadas em mim  é  doce acorde  que adentra os meus ouvidos  linda orquestra sinfónica natural  Sinto a sensualidade da chuva se enroscando em mim  ela é macia, carinhosa e desliza pelo meu rosto acariciando-o e desce pelo meu corpo me dando um banho delicioso me deixando em êxtase. A chuva me encanta e me alegra a alma desço a rua com os calçados nas mãos, lembro a infância e chuto as poças dágua que vem lavando o asfalto que lá pelos primórdios da minha vida era chão de barro vermelho o cheiro inesquecível está ali presente e quando fecho os olhos num segundo percorro o mundo entre as águas barrentas pelas fendas da terra em direção ao igarapé da minha infãncia, pelas águas das cachoeiras e chuvas noturnas  quero correr como criança de braços abertos girar no tempo em liberdade despidas das coisas supérfluas dessa vida. E a chuva perdura chove fora e dentro de mim é festa dentro de mim é cheiro de infância, de comida da mãe, de lençol quentinho limpinho... que doce carinho minha alma abarca o corpo frio e transparente da chuva e já em baixo do chuveiro apenas o sussurrar da água pensamentos voam longe... solidão de ti meu amor. Quando te esperava quentinha em baixo das cobertas e a chuva vinha  tocando  o  telhado de mansinho baixinho, forjando o desejo de me aconhegar  a ti entrar dentro de ti numa fusão latente e me aquietar apóis o transbordamento do nosso amor Chuva serena que cai devagar banhando os meus sonhos que andam por aí notas sonoras a me acalentar  é música dos sonhos que me faz viajar é canção de ninar que me pôe pra  dormir  suave acorde quão bela harmonia é canto e encanto é doce alegria é plácido acalento  terno momento de  doce magia
                                                               
                                                                 Kainha Brito

sábado, 26 de junho de 2010

pedaço de mim

Hoje abriram-se as comportas da minha alma e todo  o meu ser transbordou. Afloraram-se os meus mais profundos e sinceros sentimentos, foi um transbordamento glorioso! minhas lágrimas inundaram a minha alma! Banharam o meu rosto, meu corpo, como rios, que desaguam, para o mar. O meu mar. E o meu coração dilatado, descompassado, sangrava e ali pude sentir em soluços e declarações, a força, a beleza e o poder que tem o amor! Ele me movia, abalava a minha estrutura, Pude sentir a plenitude do meu ser em regozijo enchendo todo  ambiente, amando demasiadamente e contemplando! quão belo! E formoso É o amor, em pleno exercício da sua função. Todo o meu corpo, alma e coração, estavam abertos, expostos dolentes, o meu âmago fora acertado em cheio. Chorei tudo que tinha que ser chorado. como a rapidez de um raio, o tão esperando momento, se estendera de surpresa em branco numa tela, onde me transpus a um expoente maior em hiperestesia, transmudada e em fracção de "segundos" conseguir arremessar as palavras soluçadas sobre a tela, e num silêncio obscuro, a tela fechou-se como se nunca tivera sido aberta. esse afã, essa angústia, agregaram-se a esse silêncio, avassalador e suplantaram a minha alma. Eu aguardava anciosa por uma palavrinha só de afeto, ledo engano, ela não veio. Mas, como o amor é perfeito, mesmo com o corpo e alma em terremoto, mãos trémulas, olhos encharcado de lágrimas, Deixei fluir e saltar para fora de mim o que realmente estava designado para aquele momento. 
                                             
                                        Kainha Brito

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sistema insano

Mais um dia amanhece e como é lindo o alvorecer!  mas, um povo anda inquieto na terra de um lado para o outro, sem se dar conta das belezas naturais que os cercam e se vão atordoados, stressados atrasados e sabe-se mais lá o que, se vão deixando na terra o seu rocio inane, e evasivos se agitam, devaneios vagam por toda parte, são pensamentos andando, negócios andando, loucuras e falcatruas agregando-se parcialmente, casamentos em crise, o desejo de mais e mais consumir, e por aí se vão os Reis sem coroas numa panelinha maldita pelo mundo afora e vão eles sem ao menos ver os que por eles passam porque ignoram os menos favorecidos e nessa freima se vão absortos em suas próprias artimanhas de repente... Um acidente. Quem atropelou quem? Ah! agora sim, há um tempo pra parar, tarde de mais ai já se findaram algumas vidas, mas o que isso significa para quem vai desenfreado, obsecado rumo ao seu sucesso? Absolutamente nada. Mas alguém fica pelo caminho a chorar a perda do seu ente querido. E eles se vão às cegas  Não aproveitam o percurso, não apreciam a vida. E acham-se tão poderosos! Brincam de ser Deus.  Mas Queiram ou não, são pó da terra e cinza. Frágeis mamíferos, iludidos a respeito de si próprios e nessa desvairada corrida, atrás dos seus "objetivos" esquecem-se de que o que realmente é vida, vai ficando para trás esquecem que a vida é efêmera, é um conto ligeiro e que enquanto estão destruindo o planeta em volto em suas buscas gananciosas por riquezas, a terra os esperam tranquilamente de boca aberta. Ah! tranquilamente não, porque até a terra perdeu o seu rítimo natural de ser. Anda atordoada, desequilibrada, cambaleando como bêbada, como uma frágil, mas forte mulher que é continuamente estuprada ela se contorce, em dor mas ainda ama e sustenta os seus filhos. Mesmo abalada pela ação do homem insano e ganancioso. mas, há! quem ame essa terra de natureza majestosa, que de tão sublime e bela que é encanta todos aqueles que tem o dom  de senti-la  nas veias! Que vibram com suas belezas exuberantes que desfilam majestosamente pelos regatos, montanhas, morros e vales. E adentra à nossa essência nos presenteando com o seu doce regalo. É de causar indignação so assistir o que o homem está fazendo com o nosso planeta terra. pobres seres que não não conseguem enxergar e muito menos sentir a doce, bela e real essência da vida. Feras humanas... Um dia voces serão extintos da face da terra e há de prevalecer um povo que a ame e que dela cuide. E esse sistema insano um dia terá fim, levando consigo sua cultura enferma que um dia também se findará


Kainha Brito

sábado, 22 de maio de 2010

Beleza gritante

O espectáculo natural da vida, único que nunca sai de cena. É sublime perscrutar os segredos confidenciados entre as  saudações nos campos, a brisa a beijar as flores. Ás árvores a dançarem exibindo seus, frutos, o chiar das folhas e galhos bailando sob a valsa do vento e o balançar do galho, de onde o pássaro voa. O pequeno beija flor em seu afã na dança ao sabor do néctar. luz divina se intercala entre ele e sua flor. Quão formosas e imensuráveis belezas se contemplam. Comemorando as boas novas. A exuberância dos arvoredos, as sombras que estendem-se  bordando o chão com restias do sol e luar, a doce melodia das cascatas e o silenciar das águas doces. Curvo-me diante de tão infinita beleza.
O  trinar majestosos dos passarinhos, faceiros, ligeiros como crianças, cantam e brincam desenhando no ar suas trajetórias  fazendo curvas em seus voos graciosos destilando alegrias em doces notas sonoras, em  ternas melodias. Os raios poentes do sol,  tingem o horizonte deixando-o multicolor, a deitar de mansinho os seus reflexos de ouro, como fitas douradas, sobre a paisagem dessa terra, de tardes eternas tarde essa que se deita sobre um dia exaustivo trazendo calma, mostrando um semblante meigo, sereno porém cansado, como que a si mesma se transpôs de alguma guerra e que guerra. E transmudada mostra sua face cândida em sua brandura eterna inspirando naturalmente os seus habitantes mais dispersos, Como que compensando-os pelo árduo  dia de trabalho. E o meu céu entardecido, belo e cálido descansa agora, nos braços do arrebol! aformoseando a paisagem do orbe. E a ténue cortina do anoitecer, veste suavemente o corpo da noite que num mesmo ritual desce à terra, trazendo descanso aos seus habitantes e os cobrindo suavemente com o seu castanho lençol e de presente trás um luar formoso que lentamente vai enluarando a paisagem noturna onde todos os amantes se curvam ante a beleza cálida e terna desse  maestoso luar. São momentos e magias que se eternizam em nós por toda a nossa vida. Como bálsamo que sacia a nossa essência. Oásis em nós a regarem os nossos eus  causando-nos uma efluência de inspiração tal, que nos impulsiona a cada dia mais a meditar, poetizar e a sonhar com um país simplesmente assim totalmente belo saudável e cheio de ternura livre dos predadores humanos uma terra fértil e acolhedora berço de vivos e mortos molde do homem primeiro. Mãe amada fonte de vida terra querida amo te tocar com os pés descalços, com as mãos abertas sobre ti passar, ver-te escorregar por entre os meus dedos e em ti, escrever os nomes amados guardados em segredo... 


                                                       Kainha Brito